Biblioteca pública

A Biblioteca Pública do Estado completa 149 anos na terça-feira, 14. Para comemorar, a equipe da instituição publicará diariamente nas redes sociais, até o final do mês, curiosidades e peculiaridades sobre a história e personagens que a dirigiram ou frequentaram.

Neste período, o perfil da instituição no Facebook também estará aberto a postagens. Por isso, a biblioteca convida a seus amigos e frequentadores para acessar a rede social e publicar fotos feitas no local, inserir depoimentos e vídeos contando a relação com a entidade considerada referência da historiografia e da cultura gaúcha dos séculos 19 e 20. As postagens devem conter a hashtag #EuAmoaBPE149Anos. A diretora da biblioteca, Morganah Marcon, tem a expectativa de uma grande adesão.

Em meio às facilidades de aplicativos que permitem a leitura de obras completas pelo celular, muitos estudantes, pesquisadores e visitantes ainda encontram na instituição uma referência de saber e de aprendizado. “Desejamos que nosso público compartilhe suas histórias, memórias e lembranças. Afinal, uma biblioteca é feita de pessoas, além de livros. É para elas que existimos e damos o nosso melhor todos os dias”, destaca Morganah.

História

Criada pela Lei N° 724, de 14 de abril de 1871, a instituição ganhou importância tanto pelo seu acervo valioso quanto pelo seu prédio – uma das mais belas edificações do Rio Grande do Sul – tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Estadual e Nacional. Mantém acervo diversificado e serviços de acesso a materiais impressos, digitais, virtuais, bem como acervo em braille e em áudio.

A biblioteca, localizada em Porto Alegre (rua Riachuelo, 1.190), abriga uma coleção de 240 mil volumes que representam o mais importante conjunto bibliográfico de salvaguarda da memória sul-rio-grandense e de imensurável representatividade junto à memória nacional pela exclusividade dos títulos de monografias desde o século 16 e periódicos gaúchos do século 19, entre outros.

Estão sob a guarda da Biblioteca Pública os relatórios de governo a partir de 1850, anais da Província de São Pedro e mensagens dos governadores à Assembleia Legislativa, entre outros documentos.

A Coleção de Obras Raras da Biblioteca Pública do Estado é composta por raridades dos séculos 16 a 19, como Pharsalia, de Lucanus, de 1519, e edições primorosas de La Divina Comedia, de Dante Alighieri, editada em 1921 por Conrado Ricci, em edição restrita a mil exemplares, e de Os Lusíadas, de Camões, edição comemorativa de 1819, de alto valor por sua reduzida edição de 12 exemplares em pergaminho.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria