A Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco) defendeu a importância socioeconômica da produção legal de tabaco durante a Reunião Aberta da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq) realizada nesta terça-feira (2), em Brasília. O encontro, realizado na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), integra as etapas preparatórias para a 11ª Conferência das Partes (COP-11), que ocorrerá em novembro, em Genebra, na Suíça.
A entidade foi representada pelo presidente Gilson Becker, pelo vice-presidente em Santa Catarina, Emerson Maas, e pelo secretário executivo, Vinícius Pegoraro. Em sua fala, o presidente destacou que a Amprotabaco cumpre o papel de dar visibilidade à cadeia produtiva. “Não defendemos o consumo de cigarros, mas sim a produção agrícola legal, a economia que dela resulta e a dignidade dos produtores rurais que têm no tabaco sua principal fonte de renda. Essa atividade representa oportunidades no campo, empregos nas indústrias, arrecadação nos municípios e desenvolvimento em diferentes níveis da sociedade”, afirmou Becker.
Segundo o líder da entidade, a cultura do tabaco sustenta mais de 500 municípios brasileiros e envolve diretamente mais de 130 mil famílias agricultoras.
Relevância econômica e social
Becker ressaltou que o tabaco brasileiro é produzido de forma regulada e ambientalmente controlada, assegurando renda estável e qualidade de vida. “Não se trata de apologia, mas de realidade: onde há produção de tabaco, há crescimento econômico e inclusão social. O Brasil precisa compreender a dimensão desse setor, que lidera mundialmente em exportações e mantém vivas regiões inteiras”, pontuou o dirigente.
O presidente também destacou que a atividade contribui para fixar jovens no campo e ampliar o acesso a serviços como educação e saúde em áreas rurais.
Compromisso da Amprotabaco
Ao final da reunião, Becker reiterou o compromisso da entidade em defender o setor nas discussões internacionais. “Seguiremos unidos para mostrar a verdade, valorizar o desenvolvimento regional e defender as pessoas que vivem da terra. É por elas que continuaremos lutando, com coragem e presença, para que essa cadeia seja respeitada e mantida viva para as próximas gerações. Onde há tabaco, há dignidade, há trabalho, há futuro”, destacou o líder da Amprotabaco.
A reunião contou com a presença da presidente da Conicq, doutora Vera Lúcia da Costa e Silva, além de outros membros da comissão.
O que é a COP-11
A Conferência das Partes (COP) é o órgão deliberativo máximo da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), tratado internacional de saúde pública da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil, como signatário, participa do encontro para definir estratégias de implementação da convenção. A 11ª edição será realizada entre 17 e 22 de novembro de 2025, em Genebra, reunindo representantes de diversos países para debater medidas de controle e regulação do tabaco.

