Startup de gestão de resíduos atrai investimentos e se prepara para expansão no país

Por Stephany Foscarini

Com o apoio do programa Capital Empreendedor, iniciativa do Sebrae que prepara empresas inovadoras para se aproximarem do mercado de investimentos de risco, a startup Destine Já tem conseguido captar recursos para expandir seus negócios no país. No mês passado, a empresa recebeu um importante investimento na categoria pré-seed. Esse é o segundo aporte de recursos que a empresa de base tecnológica, especializada na gestão de resíduos, recebe em dois anos. Em 2019, logo após participar da iniciativa do Sebrae, a startup garantiu R$ 300 mil de um investidor anjo que atua no mercado ambiental brasileiro.

Esse novo movimento tem exigido que empresas comprovem boas práticas de sustentabilidade”.

Com sede no Espírito Santo, a startup já atua em outros três estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. A meta é alcançar 3 mil clientes até o ano de 2023 com a plataforma web de tecnologia em logística reversa. Com foco em atender às demandas de pequenas e médias empresas, a startup também aposta no avanço da agenda ESG (Environmental, Social and Governance) entre as MPE. “Esse novo movimento tem exigido que empresas comprovem boas práticas de sustentabilidade, como a destinação correta de resíduos, por exemplo. Com isso, esperamos mais clientes comprometidos com essa causa e ao mesmo tempo, garantimos nosso posicionamento em total sinergia com o mercado que também valoriza soluções de impacto social e ambiental”, explica o COO da empresa, Christian Sabino.

Ele conta que há um assédio natural dos investidores em startups em estágio inicial e de alguns ramos específicos, mas que é preciso que o empreendedor tenha uma visão profissional do mercado. Segundo ele, participar do programa Capital Empreendedor foi fundamental para atrair os investimentos certos, mesmo que ele e o sócio, Ruan Guasti, CEO, já tivessem longa experiência no ramo tradicional de destinação de resíduos.

Até aquele momento, nós sabíamos conversar apenas com clientes e fornecedores, mas não sabíamos como conversar com investidores”.

“Até aquele momento, nós sabíamos conversar apenas com clientes e fornecedores, mas não sabíamos como conversar com investidores. O Capital Empreendedor nos preparou para encarar grandes players do mercado. Aprendemos sobre as fases dos investimentos, como o investidor pensa e avalia uma startup, bem como entendemos como nos estruturar para atrair mais oportunidades”, comentou. Christian também disse que o programa ajudou a escolher o melhor investimento. “Essa experiência nos permitiu também escolher realmente o investimento que poderia agregar mais ao momento do nosso negócio, além do aspecto financeiro”, destaca.

Capital Empreendedor

Em 2021 o programa está em sua 4ª edição com a participação de 270 startups classificadas em 25 estados do Brasil. Dividido em diversas etapas, o Capital Empreendedor permite que os participantes selecionados entendam a dinâmica do investimento de risco, ampliem seu networking, identifiquem o modelo de investimento mais adequado para o momento de sua startup e – ao final do ciclo – se aproximem e negociem com investidores de todos os estágios do capital.

Ao todo, o Capital Empreender já capacitou 497 empresas de todo país para se aproximarem e negociarem com investidores. Desse total, 88 startups receberam investimentos que somam R$ 54 milhões.

De acordo com a analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Maria Auxiliadora, neste ano o programa conseguiu atingir mais estados, o que contribuiu ampliar o alcance das ações. “Essa capilaridade permite o desenvolvimento de negócios inovadores para além do eixo centro-sul, onde geralmente estão os investidores e investimentos voltados para inovação”, comenta.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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