Setor cervejeiro ganha financiamento emergencial para contornar efeitos da pandemia nos negócios

Por Gabrielle Pacheco

Microempreendedores do setor cervejeiro atingidos pelos impactos da crise provocada pelo novo coronavírus ganham um alento a partir de agora. Uma parceria da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Stas), por meio do programa RS Trabalho, Emprego e Renda – TER com o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) e o RS Garanti – Associação Garantidora de Crédito permitirá que continuem no mercado empreendedores do setor vinculados à Associação Gaúcha de Microcervejarias (AGM). A proposta é que o microcervejeiro garanta 20% do crédito solicitado, enquanto o Sicoob cobre o restante por meio da RS Garanti. O valor máximo de crédito para investimento é de R$ 125 mil.

A dinâmica básica do RS TER é constituir e estimular uma grande rede em que a geração de trabalho, emprego e renda se dê por fomento aos novos negócios e aos existentes. A Stas fica encarregada de articular essas ações. “Por isso que o projeto é gerenciado por um organismo de governança, com quatro câmaras, entre elas uma ligada ao sistema produtivo, no caso da AGM, e outra ao sistema financeiro e de garantias, na qual estão o Sicoob e a RS Garanti”, explica o diretor de Projetos Estratégicos da Stas, Jorge Imperatore.

As outras duas câmaras estão associadas ao território e à capacitação. Segundo Imperatore, a proposta é que as ações aconteçam em diálogo com as quatro câmaras e que sejam vinculadas às políticas públicas dos governos federal, estadual e municipal. “Essas conexões devem se concretizar com uma visão sistêmica de desenvolvimento para os micro e pequenos empreendedores. É uma maneira ímpar de podermos ter um resultado positivo na geração de novos negócios e a sustentabilidade dos que já existem”, complementa.

Como vai funcionar

A partir da parceria, as taxas de giro parcelado ficam de 1% ao mês fixo, no prazo máximo de pagamento em 12 meses; 1,1% de três até 24 meses; e 1,3% de 25 até 36 meses. O valor máximo que pode ser captado é de R$ 125 mil. Ainda existe a possibilidade de outra linha de giro parcelado, onde a taxa fica em 0,7% mais o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) ao mês, no período de 37 até 48 meses.

Haverá uma linha adicional chamada “investimento”, com o valor máximo de R$ 200 mil e com o prazo máximo de pagamento em até 60 meses. O valor da taxa fica em 0,60 mais CDI. O cartão BNDES também vai existir com o valor máximo de R$ 49,5 mil em até oito meses para pagar. O Sicoob vai levar em conta o faturamento de 12 meses da empresa, o que permite que diversas microcervejarias consigam conquistar o crédito.

Haverá, ainda um período de carência de 90 até 180 dias. Caso toda documentação esteja em dia, o Sicoob estima um prazo máximo de sete dias para o empréstimo estar na conta do cervejeiro, em demanda realmente emergencial. O presidente da AGM, Diego Machado, salienta que essa linha de crédito contemplará também a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e o Sindicato de Hospedagem e Alimentação (Sindha).

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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