O comércio não vende, a indústria não produz. O resultado é o crescimento há três meses consecutivo do número de desempregados. Este é o quadro atual no município de Sapiranga, diante das restrições impostas no funcionamento dos estabelecimentos. Na tarde de terça-feira, 4, o governador do estado, Eduardo Leite, anunciou que e região de Sapiranga permanece sob bandeira vermelha. A perspectiva, porém, é de um pequeno alívio por conta de alterações que abrandaram as regras de funcionamento.
Em março, o saldo entre admitidos e desligados foi de 514 perdas. Em abril, foi registrado o pior resultado, com saldo negativo de 2135 postos de trabalho. Em maio, último dado apurado pelo CAGED, houve saldo negativo de 919. Na ordem, o setor mais afetado é a indústria, seguida do comércio e serviços.
A presidente da CDL Sapiranga, Clarice Strassburger, enviou um ofício sobre a situação ao Governo do Estado.
“Sabemos que este número de desempregados atinge, no mínimo, quatro pessoas por núcleo familiar, ou seja, mais de 12.000 pessoas, 15% da população total de Sapiranga.”
Outro aspecto destacado no documento foi o fato dos empregadores estarem cumprindo, desde o início da pandemia, todos os protocolos e as disposições constantes nos decretos estadual e municipal, no que se refere as medidas de higiene e sanitárias, inclusive do distanciamento social, ou seja, estão cumprindo de forma rigorosa o dever legal imposto de combate ao coronavírus. Além disso, não existe qualquer indicador a demonstrar a ocorrência de qualquer contágio de coronavírus, seja em estabelecimento comercial ou em local de prestação de serviços. A afirmação da entidade é de que, nesses locais, não existe aglomeração de pessoas.


