Diante do número de pessoas diagnosticadas com sífilis apenas neste ano em Santa Cruz do Sul, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) chama atenção para a importância dos cuidados para evitar a doença. Entre janeiro e o início de setembro, foram registrados 128 casos. Embora o número seja inferior ao constatado no mesmo período de 2018 – quando foram 187 -, a situação ainda é preocupante.
A coordenadora do Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas), enfermeira Micila Chielle, afirma que falta cuidado quanto às formas de prevenção da doença. “A sífilis também pode ser adquirida por via oral, é preciso proteção. De forma geral, as pessoas não estão usando preservativos.”
Das 128 pessoas diagnosticadas neste ano, apenas sete contraíram sífilis ainda durante a gestação. De acordo com a coordenadora do Cemas, não há um perfil determinado para os pacientes que contraem a doença. “De adolescentes a idosos, não tem sexo nem idade. Aparecem de todas as faixas etárias e classes sociais.”
Em Santa Cruz do Sul, o tratamento está disponível em todos os postos de saúde e no Cemas. Entretanto, Micila chama atenção para as desistências dos pacientes. “Os motivos são diversos. Falta de consciência da gravidade da doença, falta da cultura do autocuidado ou porque a medicação é injetável e dolorosa”, conta. Para evitar o problema, ela destaca a conscientização da importância do uso de preservativo e de uma conduta sexual responsável.


