A pandemia da Covid-19 causou uma interrupção do serviço de comida de rua em todo o país e vai exigir, principalmente do Microempreendedor Individual (MEI), uma profunda reinvenção do modelo de negócio. Neste momento, em que há uma retomada gradativa das atividades econômicas em alguns estados do país, o MEI do setor de alimentação tem que estar preparado para retornar ao trabalho em um cenário bem diferente do anterior à quarentena. Será preciso entender que há novos hábitos de consumo e adaptar-se a eles. Ciente que o ramo da alimentação tem regras rígidas para promover o retorno gradual das atividades, o Sebrae preparou um Protocolo de retomada específico para esse perfil de empreendedor, que precisa se atentar aos cuidados e assegurar que os clientes possam voltar a consumir alimentos com a garantia das condições higiênico-sanitárias.
No retorno das atividades, é fundamental o controle rígido de segurança e higiene para o MEI, seu possível colaborador, fornecedores e clientes. “O Brasil é um país de proporções continentais e as condições do sistema de saúde no atendimento aos casos da doença podem ser bastante distintas, mesmo entre municípios de um mesmo estado. Por esse motivo, os Protocolos de Retomada que o Sebrae está construindo para 14 grandes setores econômicos precisam estar alinhados às medidas determinadas por governadores e prefeitos”, ressaltou o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Nesse contexto, a primeira orientação é para que os empresários fiquem atentos aos decretos e demais regulamentos vigentes na sua região e, caso exista divergência de informações entre as medidas estaduais e municipais, optem por seguir a orientação mais rígida, de preferência de acordo com as recomendações das autoridades oficiais de saúde, como Organização Mundial de Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde, entre outras.
O protocolo apresenta primeiramente os cuidados com a segurança e saúde diante da Covid-19, de acordo com orientações oficiais e setoriais para o MEI do setor de alimentação. Caso o empreendedor tenha um serviço mais completo de alimentação, ele deverá considerar o protocolo para bares, restaurantes e lanchonetes, adaptado à sua realidade, sem esquecer de acompanhar e seguir as recomendações oficiais da sua região.
Atualmente não há evidências de que a Covid-19 seja transmitida diretamente por alimentos. Mas, de acordo com a OMS, o comportamento do novo coronavírus deve ser semelhante aos outros tipos de vírus da mesma família. Isso significa que ele precisa de um hospedeiro (animal ou humano) para se proliferar e é sensível às temperaturas normalmente utilizadas para o cozimento dos alimentos, em torno de 70ºC.
Para quem trabalha no ramo da alimentação, as boas práticas de saúde e higiene sempre foram pontos de atenção e precisam ser reforçadas. É necessário redobrar os cuidados nas relações com os colaboradores, fornecedores e clientes. Mais do que nunca, o futuro dos negócios vai depender da adaptação da operação, pois os clientes estão mais atentos se todos os cuidados nesta nova fase estão sendo tomados. Então, é fundamental uma comunicação clara e eficiente com os consumidores para demostrar confiança.
Todas as recomendações podem ser conferidas no link.