No primeiro dia da COP30, que iniciou na segunda-feira (10), em Belém (PA), o Sistema Fiergs promoveu o seminário Rio Grande do Sul e os Eventos Climáticos: Caminhos para a Adaptação, no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na Blue Zone, onde ocorrem as negociações oficiais do evento. O encontro reuniu lideranças para discutir a reconstrução do estado após as enchentes de 2024, a logística sustentável e a transição energética.
O presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier, que está em Belém para a cúpula, destacou que o setor industrial tem papel fundamental na construção de soluções para os desafios climáticos. “Nossas iniciativas visam garantir a segurança hídrica e energética, além de um desenvolvimento sustentável no Rio Grande do Sul. A indústria gaúcha está preparada para essa nova realidade e quer ser parte ativa do futuro que desejamos construir juntos”, afirmou Bier.
Também participaram do debate a diretora do Ciergs, Daniela Kraemer, o executivo do Conselho de Meio Ambiente (Codema) do Sistema Fiergs, Tiago José Pereira Neto, e o analista técnico João Pedro Albersheim Dias.
Durante o painel, foram apresentadas ações prioritárias da indústria para a adaptação climática, como maior monitoramento de fenômenos extremos, planos de contingência integrados a municípios e regiões, e estratégias estruturais e não estruturais para ampliar a resiliência. Entre as medidas, destacam-se a retomada da empregabilidade, o incentivo ao desenvolvimento econômico e a gestão eficiente dos recursos hídricos, com foco em reuso de efluentes industriais e reservação de água para irrigação.
No eixo da logística sustentável, os participantes defenderam a ampliação dos modais ferroviário e hidroviário, que podem reduzir significativamente as emissões relacionadas às mudanças climáticas. A exemplo do projeto da Ferroeste, na qual foi identificada diminuição de até 35,45%, conforme estudo de viabilidade realizado pela Fiergs.
Já sobre a transição energética justa, foram discutidos o plano do governo estadual e a necessidade de planejamento adequado para as regiões carboníferas, valorizando o potencial do Rio Grande do Sul na geração de energias renováveis – como eólica (onshore e offshore), biogás e biometano, biomassa, biocombustíveis e hidrogênio verde.


