Marca de roupas cria coleção baseada no DNA de brasileiras

Por Gabrielle Pacheco

A marca de roupas Amaro lançou nessa segunda-feira (4) sua primeira coleção desenvolvida a partir do mapeamento de dados genéticos de mulheres brasileiras, uma forma que valoriza as características individuais de diferentes perfis femininos. Em um cenário onde coleções tradicionais tendem a seguir o zeitgeist do mercado, a Amaro se desafiou a criar uma tendência própria, elevando o grau de personalização e celebrando sua missão customer-centric.

Unindo tecnologia à moda, a marca se aliou à geneticista Juliana Saquete, biomédica e especialista em biologia molecular e genética da Genera, e reuniu um time diverso de mulheres, de várias regiões, trazendo brasilidade para a coleção. As 19 mulheres escolhidas são um retrato do mundo digital em que vivemos e também super relevantes nas redes sociais. São elas: Maju Silva, Carol Rocha, Stella Yeshua, Loo Nascimento, Cris Paladino, Mel, Poliana Okimoto, Keila Gomes, Julia Ferreira, Camila Acchutti, Lian Tai, Lara Dias, Joana Cannabrava, Mari Maria, Gabie Fernandes, Gessica Justino, Fabi Justus, Vanessa Rozan e Suzana Ceridono.

Para o mapeamento, foram coletados os materiais genéticos com amostras de saliva das personagens e analisadas mais de 700 mil regiões do DNA pelo método SNP (Single Nucleotide Polymorphism), que verificou variações nos marcadores genéticos, estimando a ancestralidade global dos perfis, com percentuais para localizações biogeográficas do material genético. Além disso, foram mapeadas informações sobre as diversas formas de lidar com estresse, preferências diurnas ou noturnas, habilidades matemáticas e níveis de impulsividade.

A partir dos resultados, o time de criação da Amaro teve a missão de desenvolver as peças às cegas, sem saber quais informações eram de cada personagem, evitando influenciar o produto final. Após o brainstorm entre estilistas, designer de estampas e geneticista, foram confirmadas as interpretações da equipe. A inspiração para o desdobramento nesse mergulho genético se baseou principalmente na ancestralidade, características de personalidade, atributos preferenciais pelo dia ou noite e tonalidades diferentes.

Os dados se traduziram por meio das cores, tecidos, fluidez, estampas e shapes diferentes. Por exemplo, Loo Nascimento apresentou impulsividade média, desdobrada em estampa mais marcante, além das modelagens leves e tecidos confortáveis de fibra natural, priorizando conforto, avaliando a forma dela lidar com o estresse.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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