Os violinistas Luisa Czeczelski, de Guaíba, e Matheus Eduardo, de Maceió e atualmente estudante em Porto Alegre, foram selecionados com bolsas integrais para participar de um curso de aperfeiçoamento em violino na Estônia, no norte da Europa. O curso ocorrerá nas próximas semanas e os músicos buscam apoio financeiro para custear passagens, hospedagem, alimentação e transporte local.
Ambos são alunos do curso de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e terão, durante três semanas, aulas com professores de renome internacional, como Lewis Kaplan, da Juilliard School of Music (EUA); Yuri Zhislin, do Royal College of Music (Inglaterra); e Philippe Graffin, do Conservatório de Paris.
Além das aulas na Estônia, a programação prevê apresentações na Letônia, na Finlândia e uma performance com orquestra no próprio país-sede.
Trajetórias que começaram em projetos sociais
A trajetória dos jovens músicos tem origem em projetos sociais. Matheus Eduardo aprendeu a tocar violino com seu tio e se desenvolveu musicalmente na Fábrica Cultural, projeto da Prefeitura de Santos.
Já Luisa Czeczelski iniciou seus estudos acompanhando uma amiga no Projari, projeto social de Guaíba, que oferece aulas de música e empréstimo de instrumentos. “Quando ganhei meu primeiro violino, tive uma felicidade inexplicável. Mas nunca teria começado se não existisse o Projari e essa oportunidade de pegar os instrumentos emprestados”, afirma Luisa.
Campanha para viabilizar a viagem
Embora a bolsa cubra integralmente o valor do curso, os custos da viagem internacional não estão incluídos. Por isso, os estudantes criaram uma campanha na plataforma Vakinha, onde pedem apoio financeiro. “Essa viagem é mais do que um sonho pessoal. É a chance de representar nossa história e os projetos sociais que apostam na cultura como ferramenta de mudança”, explica Matheus Eduardo.
Representar o Brasil na música clássica
Os dois jovens destacam que, além do aperfeiçoamento técnico, participar do curso representa uma oportunidade de representar o Brasil em palcos internacionais e estabelecer conexões com universidades e músicos da Europa. “Acreditamos que a música atravessa fronteiras, conecta almas e dá voz aos sentimentos mais profundos. Queremos levar nossa arte adiante e mostrar que com dedicação, talento e apoio, tudo é possível”, afirmam.
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