O Rio Grande do Sul foi um dos destinos escolhidos pelo Sistema OCB para receber a terceira edição da imersão em cooperativismo pré-COP 30. Ao longo da semana, representantes de ministérios, organismos internacionais e entidades empresariais percorreram diferentes cidades do estado para conhecer exemplos concretos de sustentabilidade e inclusão promovidos por cooperativas de diferentes ramos de atuação. A organização contou com o apoio do Sistema Ocergs.
O objetivo da iniciativa, que agora segue no estado de Rondônia, é fortalecer o papel do cooperativismo no enfrentamento dos desafios climáticos globais, ampliar a visibilidade do movimento e garantir um espaço para o setor na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025. A COP 30 será realizada em novembro, em Belém (PA). “O que hoje chamamos de agenda ESG não é novidade para as cooperativas. Pelo contrário: está no DNA do cooperativismo. A imersão tem por objetivo proporcionar essa vivência a atores-chave, para que possam reconhecer o papel desse movimento na construção de um futuro mais próspero e sustentável para as comunidades”, justifica a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Debora Ingrisano.
As visitas ocorreram na segunda (21) e na terça-feira (22). A programação começou pelo ramo agropecuário e de crédito, com apresentação do trabalho desempenhado pelas cooperativas Coasa e Cresol, em Água Santa, na Região Norte. Depois, o grupo teve a oportunidade de conhecer a vinícola Aurora, em Bento Gonçalves, na Serra gaúcha. Também na Serra, a delegação foi apresentada às boas práticas da Sicredi Pioneira, primeira cooperativa de crédito da América Latina. Em Nova Petrópolis, o grupo passou ainda pelo memorial ao padre Theodor Amstad, patrono do cooperativismo no Brasil, instalado junto ao prédio da Caixa Rural — primeira sede da Sicredi Pioneira. A imersão no Rio Grande do Sul se encerrou em Porto Alegre, com a experiência da cooperativa de trabalho Cotravipa.
Para o gerente de Relações Institucionais do Sistema Ocergs, Tarcísio Minetto, o contato direto com as cooperativas é essencial para a compreensão do papel do setor na construção de um futuro sustentável. “Vimos trabalhos incríveis com jovens, mulheres e comunidades inteiras, além do cuidado com o solo, que é o maior patrimônio que temos. Isso demonstra o potencial do cooperativismo como impulsionador do desenvolvimento territorial sustentável”, destacou.