Novo Hamburgo apresenta índice de infestação em alerta para Aedes aegypti no 3º LIRAa de 2025

Por Marina Klein Telles

O terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, realizado entre os dias 1º e 11 de setembro, apontou que Novo Hamburgo está em estado de alerta para doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, zika e chikungunya. O índice de infestação predial (IIP) encontrado foi de 1,1%, o que significa que, a cada 90 imóveis vistoriados, um apresentou larvas ou pupas do Aedes aegypti.

O levantamento foi realizado pelos Agentes de Combate às Endemias (ACEs) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Após a coleta, as amostras de larvas e pupas são encaminhadas para identificação em laboratório, em parceria com a Universidade Feevale, que também colabora na análise e mapeamento dos dados.

Ao todo, 4.033 imóveis foram vistoriados e 115 amostras coletadas, sendo que 43% delas testaram positivo para o mosquito transmissor.

As áreas mais afetadas foram identificadas em quatro dos nove estratos em que a cidade é dividida para o levantamento, classificados como iminente perigo à saúde pública. Os outros cinco estratos apresentaram situação satisfatória.

Casos confirmados

De janeiro até a semana epidemiológica 39, Novo Hamburgo recebeu 4.101 notificações de casos suspeitos de dengue, sendo 3.221 confirmados, 85 em investigação, 795 descartados e 1 óbito registrado. Todos os bairros apresentaram casos confirmados, com maior concentração nos bairros Canudos e São Jorge, que somaram mais de 70% das confirmações.

Principais depósitos do mosquito

O levantamento também apontou os locais mais comuns de proliferação do mosquito. Os depósitos classificados como tipo B – pequenos recipientes como pratinhos de vasos de plantas, bebedouros de animais, baldes e garrafas – representam 55,1% dos focos encontrados. Em seguida, aparecem os pneus e materiais rodantes (tipo D1), com 14,3%, e o acúmulo de lixo e entulhos (tipo D2), com 12,2%. Depósitos fixos, como ralos e calhas, correspondem a 10,2% dos registros.

Prevenção e combate

A supervisora dos ACEs da SMS, Andrea Martins, reforça que, mesmo com que o índice seja considerado de alerta e não de alto risco, “é fundamental que a população faça vistorias semanais em suas residências e elimine qualquer local que possa acumular água. O mosquito segue presente, e a prevenção depende da participação de todos”, destaca. Ela lembra ainda que a aplicação de inseticidas não é feita com base na quantidade de mosquitos, mas conforme casos confirmados da doença, sendo direcionada para áreas com registros positivos, a fim de conter surtos.

Outro ponto fundamental, segundo Andrea, é que a população receba os agentes em suas residências. “É muito importante que os moradores permitam a entrada dos agentes para que eles possam vistoriar os locais, orientar sobre os possíveis criadouros e, principalmente, eliminar focos do mosquito. Esse trabalho conjunto é essencial para o controle da dengue e de outras arboviroses”, reforça.

Atendimento e denúncias

Em caso de suspeita de dengue, os moradores devem procurar a unidade de saúde mais próxima para atendimento e diagnóstico. Denúncias sobre locais com possíveis criadouros podem ser feitas pela ouvidoria SUS, pelo WhatsApp (51) 99831-6500.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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