No dia 12 de novembro, o projeto Carne Digital participará do Being Human Festival de Londres, na mostra de processos Global Dance Collaboration in the Metaverse (https://www.mocapstreamer.
Coordenado pela bailarina e professora da UFRGS, Mônica Dantas, o Mocap é uma residência artística que utiliza motion capture (captura de movimento) e live streamer (transmissão ao vivo) para coreografias de Iara Deodoro e Eva Schul. Por meio de dois equipamentos portáteis de motion capture – Perception Neuron 3, doados pelo Goldsmiths Mocap Streamer, os dados cinemáticos coletados são transformados em avatares dançantes em ambientes criados pelo artista digital Pedro Rocha.
Durante sete meses, bailarinos do Afro-Sul e da Ânima participaram de sessões de motion capture, visando a criação de duas obras coreográficas para o metaverso. Também foram realizadas improvisações em live streamer com grupos da Índia e do Reino Unido, além de sessões de compartilhamento dos processos de criação. A próxima etapa do projeto prevê a documentação e análise de cada uma das técnicas de dança desenvolvidas por Iara e Eva.
Ficha técnica
Direção: Mônica Dantas e Iara Deodoro
Assistência de direção: Suzi Weber
Coreografia: Iara Deodoro e Edjana Deodoro
Bailarinas: Edjana Deodoro, Taila Santos de Souza, Iara Deodoro
Criação e direção musical: Paulo Romeu
Artistas digitais: Pedro Rocha e Ainslee Robson
Assistente de tecnologia: Dayandra Araújo
Produção: Andréa Moraes
Weaving through the space mass – Ânima Cia. de Dança
Partindo da ideia de que o espaço em torno do corpo tem uma certa densidade, ao se mover, o corpo não apenas está sustentado por essa massa, mas também a manipula e a modifica.
Ficha técnica
Direção: Mônica Dantas e Eva Schul
Assistência de direção: Suzi Weber
Coreografia: Eva Schul
Bailarinos: Eduardo Severino e Fernanda Santos
Música: Celau Moreira
Artista digital: Pedro Rocha
Assistente de tecnologia: Dayandra Araújo
Produção: Andréa Moraes
Sobre as coreógrafas
Dançarina, coreógrafa, produtora, diretora e professora, Iara Deodoro é uma das principais referências em dança no sul do Brasil. Em 1974, ela fundou o Afro-Sul Music and Dance Group e, desde então, coreografou e dirigiu mais de trinta espetáculos. Questões relativas à diáspora negra, gênero, território e gerações têm sido tema de suas criações. Em sua prática pedagógica e artística, os gestos de resistência estão ancorados em experimentos realizados ao som dos tambores característicos. Em 2000, ela e Paulo Romeu fundaram o The Sociocultural Institute Afro-Sul Odomodê, onde tem sido desenvolvidos diversos projetos educativos relacionados à dança e à música negra.
Eva Schul trabalha com dança contemporânea desde 1970. Sua abordagem técnica e criativa é baseada na incorporação dos conceitos de não-esforço e fluxo de movimento na utilização da respiração como suporte corporal, na eliminação de esforços desnecessários e no uso da improvisação. Em 1990, fundou a Ânima Cia. de Dança. Em cada trabalho, é importante o desenvolvimento de um conceito por meio do qual Eva chama de discurso do corpo, construindo temporalidades e narrativas não-lineares e espacialidades compostas por vários planos. Sua produção coreográfica tem valor à medida que ela estimula a criação coletiva e seus dançarinos são improvisadores e co-criadores.
Serviço
Being Human Festival – Londres e online
Global Dance Collaboration in the Metaverse – Residency Showcase
Quando: 12 de novembro | Sábado
Hora: 9h40 às 14h30
Apresentação das performances de Ânima e Afro-Sul: 12h40 às 13h40
Inscrições gratuitas
Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
